“Tranquilo e obediente”: sinais de que seu filho ou filha pode estar TRISTE
Ver um menino brincando, explorando o mundo, revirando as gavetas, deixando tudo o que pode ao seu passo, correndo, pulando e fazendo travessuras, sabemos que é uma etapa em seu desenvolvimento, mesmo que isso implique que os pais estejam atrás para corrigir alguma ação.
Quantos pais já não se assustaram quando veem o filho muito calmo por muito tempo? Quantos, de repente, sentem uma tranquilidade em suas casas e quando procuram, é porque algo aconteceu com o filho? Isso já aconteceu com todos os pais alguma vez e muitos desejariam que aquele ser minúsculo fosse obediente e calmo.
Sabemos que um menino está vivendo sua infância de forma feliz quando grita, canta, pula, se suja e explora. Embora haja crianças mais inquietas, outras mais introvertidas talvez, mas se a um menino não se vê em momentos jogando e com ocorrências contínuas, pode ser sinal de alerta.
“O menino ou o adolescente que mais preocupa os psicólogos é o menino assintomático, aquele que nunca questiona nada e obedece a tudo”, afirmam profissionais.
Pais motivadores, não autoritários
De acordo com os especialistas em psicologia infantil, os pais têm a missão de descobrir quais são as motivações dos seus filhos, que são aquelas que darão a personalidade, habilidades e preferências para a vida futura deles.
Também é responsabilidade notar o que os faz felizes e com base nisso, guiá-los, não limitá-los com o que nós gostaríamos que eles fizessem ou deixassem de fazer.
A profissional de psicologia considera que as pautas educativas exageradamente autoritárias “limitam a habilidade do menino ou da menina para ser flexível, ter iniciativa, pensar, desenvolver uma capacidade crítica”.
Se ensinar ao filho de que o mais importante é agradar os outros e colocar suas próprias necessidades, critérios e desejos em segundo plano, nosso filho será uma criança infeliz e um adulto frustrado e fechado em si mesmo no futuro.
Como estabelecer limites
Os especialistas em comportamento infantil afirmam que é essencial que os adultos estabeleçam limites e regras que devem ser obedecidas, mas isso não significa ser autoritário.
“Os limites e regras estabelecidos desde a tenra infância com amor não provocam medo, mas sim respeito. As crianças respeitosas também são crianças felizes e aceitas em qualquer lugar”, garantem.
Assim como em tudo na vida, as crianças também cometem erros e o ideal é corrigir o comportamento sem infundir medo ou ameaças, simplesmente fazendo-as entender que um comportamento está certo ou errado.
Cuidado com as palavras para corrigir
Quando se protege e se educa sob ameaças ou chantagens, então as crianças não têm respeito pelos seus pais, mas medo, medo de que, ao não obedecer, serão punidos.
Razão pela qual é preciso ter cuidado com as palavras usadas ao corrigir, as ações tomadas quando algo é feito de forma errada, é preciso saber chamar a atenção da melhor maneira.
É possível afirmar então, como conclusão que deve-se deixar as crianças brincarem, se divertirem, sujarem suas roupas, gritarem, correrem, basta falar sobre os perigos tentando explicar-lhes as consequências de seus atos, “se você pular dessa forma, pode cair e se machucar”, mas não tentar que esteja como um robô o tempo todo num canto da casa sem se mover ou fazer barulho, que uma criança esteja em silêncio o tempo todo, não é sinônimo de criança feliz.
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