Qual a idade recomendada para uma criança ter um smartphone?
Saiba os cuidados que os pais devem ter para garantir que as crianças usem o aparelho com segurança.
Atualmente, os smartphones fazem parte do dia a dia da maioria das famílias. Uma preocupação comum de quem tem filhos é acompanhar e controlar a relação deles com o aparelho, uma vez que a geração atual está intimamente ligada à tecnologia, com as crianças assimilando rapidamente que o celular faz parte do cotidiano.
Um dos principais pontos para os pais é definir qual a idade mais apropriada para que os filhos tenham o primeiro smartphone. Seu uso em excesso pode causar prejuízos à saúde, comprometendo o aprendizado e sua vivência no mundo real.
Alguns especialistas sugerem que a criança tenha o primeiro aparelho a partir dos 9 ou 10 anos, enquanto outros comentam que a idade mínima deve ser 13 anos.
De qualquer forma, antes disso, os pais devem conversar com os filhos sobre como deve ser o uso correto do aparelho, para evitar que elas sejam expostas a riscos.
Cuidados necessários
Caso o seu filho tenha um celular, é necessário que você tenha alguns cuidados para garantir que o uso do aparelho não exponha a criança a possíveis riscos. Abaixo, conheça alguns deles.
Determinar limite de tempo
O ideal é combinar com o filho um limite de tempo de uso do aparelho, mesmo que ele já apresente sinais de maturidade.
De uma maneira geral, os especialistas recomendam que esse tempo não ultrapasse duas horas por dia. E que essas duas horas sejam intercaladas com outras atividades.
Isso deve ser feito para garantir que a criança não se prejudique em outros campos da vida. Um uso regulado do celular abre espaço para que ela se dedique a praticar atividades físicas, estudar, passar tempo com a família e entrar em contato com a natureza, além de dispor do tempo correto para dormir, que deve ser de, no mínimo, 8 horas.
Quanto mais cedo for estipulada essa dosagem, maiores as chances de a criança chegar à adolescência sabendo utilizar o aparelho de forma controlada, sem excessos.
Isso dá mais garantia de que ela terá a capacidade de equilibrar sua liberdade de uso com as responsabilidades cotidianas.
Monitorar o conteúdo acessado
Esse é um ponto ao qual todos os responsáveis devem ficar atentos: acompanhar e verificar o conteúdo que está sendo acessado pelas crianças. Com o acesso facilitado à Internet, é preciso estipular como essa navegação nas redes será feita.
No caso de crianças mais jovens, o ideal é limitar as playlists de vídeos em sites como Netflix e YouTube Kids, para que elas possam consumir apenas conteúdos apropriados.
Crianças mais velhas podem interagir em mais aplicativos, mas é importante lembrar que o uso de redes sociais é indicado para pessoas com, no mínimo, 13 anos.
Vale lembrar aos pais que eles têm responsabilidade civil, legal e moral sobre o que seus filhos fazem na Internet. Assim, além de observar o conteúdo que eles consomem, é preciso ficar atento às atividades que ele realiza na rede, averiguando se isso não prejudica outras pessoas.
Outro aspecto importante é em relação aos jogos instalados no aparelho. Os pais precisam se certificar de que eles sejam apropriados para os filhos, com a classificação etária correta.
Mesmo no caso de jogos educativos, o consumo deve ser moderado, não devendo substituir as brincadeiras do mundo real.
Conversar sobre os perigos da Internet
Uma forma de tornar a navegação dos filhos menos turbulenta e mais tranquila para os pais é conversar sobre os perigos existentes na Internet.
Desde o primeiro acesso, é importante que as crianças compreendam quais são suas responsabilidades e que estejam cientes dos perigos da rede.
Esse diálogo pode começar cedo, a partir dos quatro ou cinco anos. É necessário ter calma e paciência para explicar que existem formas de violência presentes na Internet.
É preciso, ainda, conversar sobre como a criança deve se comportar corretamente nesse ambiente, para não agredir ou praticar bullying com pessoas no meio virtual.
Segundo especialistas, essa conversa também deve incluir o ponto de verificar a veracidade das informações que a criança recebe de conhecidos.
O fato de alguém que ela gosta ter mandado algo não quer dizer que aquilo seja verdadeiro. Desde cedo, os pais devem instruir os filhos a terem cuidado e verificarem a procedência do que recebem.