Conheça a proteína que faz algumas pessoas emagrecerem mais rápido que outras
Você já se perguntou por que algumas pessoas conseguem emagrecer mais rápido que outras, mesmo seguindo a mesma dieta e rotina de exercícios? A resposta pode estar na ciência, e o mistério foi desvendado por pesquisadores da Universidade de Kobe, no Japão.
A proteína que faz a diferença
Tudo começa com uma proteína chamada PGC-1⍺. Anteriormente identificada pelos pesquisadores, essa proteína atua como uma molécula sinalizadora nos músculos e parece estar diretamente ligada aos efeitos do exercício físico. Porém, a grande novidade veio com o estudo recente, publicado na revista científica Molecular Metabolism, que revela como diferentes versões dessa proteína podem influenciar na perda de peso.
Os cientistas descobriram que algumas pessoas simplesmente não produzem essa proteína de maneira adequada. Isso significa que, durante a atividade física, essas pessoas consomem menos oxigênio, queimam menos gordura e, consequentemente, perdem peso mais devagar. Imagina só a frustração de fazer todo aquele esforço e não ver os resultados esperados!
As versões da proteína PGC-1⍺
Existem diferentes versões dessa proteína: a “a”, a “b” e a “c”. As versões “b” e “c” são produzidas nos músculos em uma quantidade 10 vezes maior durante o exercício, enquanto a versão “a” não apresenta esse aumento significativo. Para entender o impacto dessas diferenças, os pesquisadores criaram camundongos que não produziam as versões “b” e “c”, mas mantinham a versão “a”. Além disso, eles também realizaram testes com voluntários humanos, com e sem diabetes tipo 2.
Os resultados foram surpreendentes. A menor produção das versões “b” e “c” levou a uma resposta reduzida às atividades físicas no curto prazo. Os indivíduos que não produziam essas versões queimavam menos gordura durante os treinos. Nos testes com humanos, foi observado que quanto mais as pessoas produziam essas versões da proteína, mais oxigênio consumiam e menor era o percentual de gordura, independentemente de serem saudáveis ou diabéticos.
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Genética e suscetibilidade à obesidade
A hipótese de que os genes nos músculos esqueléticos determinam a suscetibilidade à obesidade foi confirmada. Mas nem tudo são más notícias! O estudo também revelou que exercícios de longo prazo estimulam a produção da PGC-1⍺, levando aos efeitos positivos da atividade física, mesmo que de forma mais lenta.
Os achados deste estudo podem abrir caminhos para novos tratamentos contra a obesidade. Atualmente, medicamentos contra a obesidade focam principalmente na supressão do apetite. No entanto, não existem medicamentos que aumentem o gasto de energia. Se for possível encontrar uma substância que aumente as versões “b” e “c” da PGC-1⍺, poderíamos desenvolver medicamentos que aumentem o gasto de energia durante ou até mesmo sem exercício.
Imagine um futuro onde medicamentos possam tratar a obesidade independentemente das restrições alimentares! A possibilidade de aumentar a produção das versões “b” e “c” da PGC-1⍺ abre uma nova fronteira na luta contra a obesidade. Isso traria esperança para milhões de pessoas que lutam contra o peso, oferecendo uma solução mais eficaz e duradoura.
Ciência avança em prol da saúde
A ciência está constantemente avançando e trazendo novas descobertas que podem mudar nossas vidas. Esse estudo da Universidade de Kobe é um excelente exemplo disso. Então, se você está lutando para perder peso, não desanime. Pode ser que, em breve, a solução esteja ao seu alcance, graças a essas incríveis descobertas científicas.
Agora, você já sabe por que nem todos perdem peso da mesma forma, mesmo seguindo as mesmas dietas e exercícios. Fique de olho nas novidades e continue se cuidando, pois a ciência está ao seu lado nessa jornada!