Menopausa: qual a relação da queda de estrógeno no corpo com a osteoporose?

A boa alimentação é uma importante aliada na prevenção da doença

O tempo é o melhor remédio para muitas questões; só com a experiência de vida é possível ver situações com um olhar mais calmo e tranquilo do que no calor da juventude. 

Para as mulheres, em especial, o tempo traz outras questões, além de rugas e a maturidade. 

Estamos falando da osteoporose, uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas logo cedo e que surge em pessoas acima dos 50 anos, principalmente do gênero feminino.

Osteoporose

De acordo com estudo realizado pela Fundação Internacional de Osteoporose, cerca de 10 milhões de pessoas no mundo convivem com a doença. A cada três casos de fratura no quadril, um acontece por conta dessa condição.

A doença ainda é pouco conhecida e geralmente só é detectada em estágios já avançados, quando a pessoa já sofreu alguma fratura. 

Ela se dá pela diminuição progressiva da densidade óssea, em decorrência da deficiência de cálcio no organismo, fundamental para o fortalecimento dos ossos, e de vitamina D, responsável pela absorção de cálcio no corpo. 

Naturalmente, mulheres são mais predispostas a desenvolverem a condição, por terem menor densidade óssea do que os homens. 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, a partir dos 50 anos, uma média de 30% das mulheres apresentam osteoporose, enquanto apenas 10% dos homens se encontram na mesma condição.

Relação entre estrógeno e os ossos

Outro fator é muito importante para que os números da osteoporose no organismo feminino sejam mais comuns: durante a menopausa, há um desequilíbrio hormonal no corpo feminino, que resulta em uma queda na produção de estrógeno, hormônio que ajuda na proteção natural dos ossos da mulher, pois é responsável pelo transporte do cálcio para dentro dos ossos femininos. 

Com essa escassez no transporte, os ossos ficam desprotegidos e mais suscetíveis ao desgaste e à fratura. Por isso, a menopausa é um grande fator de risco para o desenvolvimento do enfraquecimento dos ossos.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é o melhor tratamento e prevenção, por isso recomenda-se que mulheres na menopausa façam regularmente o exame de densitometria óssea, que pode diagnosticar a osteoporose em estágios primários, viabilizar o tratamento e evitar a descoberta da doença após fraturas. 

O exame é simples e indolor, realizado por meio de raio-x para identificar os níveis de perda óssea. Pessoas com histórico familiar ou dificuldade em absorver o cálcio devem fazer exames periódicos mais cedo, a partir dos 40 anos, para uma prevenção precoce.

Formas de prevenção

Como várias outras doenças, o sedentarismo, o cigarro e o álcool são fatores de risco também para a osteoporose. 

Além de manter hábitos saudáveis, a boa alimentação é uma forma muito importante de prevenção. É fundamental incluir na dieta alimentos ricos em cálcio como leite, queijos e iogurtes. 

Para quem não consome alimentos de origem animal, é possível encontrar o cálcio em folhas escuras como brócolis, couve e espinafre, além de amêndoas, aveia, feijão branco, grão-de-bico e leites vegetais. 

A vitamina K2 também é uma importante aliada no combate à osteoporose, pois é fundamental no processo da síntese da osteocina, a proteína do tecido ósseo responsável pela cristalização do cálcio, além de ajudar a manter os ossos saudáveis e inibir a calcificação dos vasos sanguíneos. 

Tomar sol também é um remédio, já que ajuda a aumentar a reserva de vitamina D no corpo, o que contribui com a absorção do cálcio. Exercícios regulares e caminhadas leves já são suficientes para fortalecer a estrutura óssea. 

A doença não tem cura, mas é possível fazer a sua prevenção para investir em qualidade de vida e garantir ossos saudáveis por mais tempo.

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