Lucro com os filhos; Kylie, Virginia e Viih Tube conseguem faturar mais
Empreender com os filhos: desafios e sucessos no universo infantil. Conheça casos como “Asia Brown Baby Care” de Vera Sidika e “Baby Tube” de Viih Tube.
Em um movimento surpreendente no universo digital, influenciadoras de comportamento e moda têm explorado oportunidades comerciais ao lançar marcas de produtos infantis. A maternidade, que por muito tempo esteve na esfera pessoal, tornou-se uma fonte adicional de renda para essas mulheres que acumulam milhões de seguidores em suas redes sociais com seus filhos.
Exploração de novos horizontes empresariais
Influenciadoras como Viih Tube, Virginia Fonseca, Kylie Jenner e Vera Sidika estão na vanguarda dessa tendência, utilizando sua presença online para adentrar o mercado de produtos voltados para crianças. O boom dos influenciadores de comportamento, beleza e moda gerou uma oportunidade comercial única, na qual os filhos se converte em um empreendimento lucrativo.
Filhos como parte integral da marca
A estratégia adotada por essas influenciadoras é posicionar seus filhos como uma extensão da marca. Desde tenra idade, as crianças são incorporadas às campanhas de publicidade, capitalizando o apelo natural e a curiosidade que envolve a infância. Esse método visa não apenas alcançar, mas também manter um amplo público consumidor.
Desafios financeiros e integridade da marca
No entanto, a transformação dessas iniciativas em lucros milionários imediatos é um desafio que nem todas as influenciadoras conseguem superar. Especialistas apontam preocupações sobre a integridade das marcas e possíveis conflitos com práticas publicitárias.
A jornada de empreender no universo infantil exige mais do que uma presença online robusta; ela requer uma estratégia de negócios bem elaborada.
Asia Brown Baby Care: Um case de sucesso?
Um exemplo notável desse fenômeno é o empreendimento de Vera Sidika, a influenciadora queniana que lançou a “Asia Brown Baby Care”. Esta empresa, inaugurada durante uma luxuosa festa de “mesversário”, oferece produtos orgânicos para cabelos e cuidados com a pele para bebês.
Apesar do sucesso inicial, a família enfrenta desafios significativos ao tentar consolidar-se em um mercado já dominado por grandes marcas de cosméticos.
Desafios no mercado de produtos infantis
Enfrentar a concorrência com marcas consolidadas é um obstáculo considerável para os pais que buscam o sucesso financeiro por meio dos empreendimentos de seus filhos. Arthur Ridolfo, especialista em administração de empresas, destaca que vender em grande escala ou atrair investidores pode ser crucial para atingir o objetivo ambicioso de tornar as crianças milionárias através de suas marcas.
Expansão internacional e local
Kylie Jenner, uma das maiores empresárias do mundo dos cosméticos, registrou a patente da marca “Kylie Baby”. A linha oferece produtos de banho, hidratação e acessórios para bebês.
Já no cenário nacional, a influenciadora brasileira Virginia Fonseca lançou a “Maria’s Baby”, proporcionando uma variedade de produtos de cuidados para bebês. Ambas as marcas buscam conquistar um nicho específico no mercado infantil, através da propaganda com seus próprios filhos.
Baby Tube: Roupas infantis com toque digital
A ex-BBB Viih Tube também entrou no jogo empresarial com a criação da “Baby Tube”. Essa marca de roupas infantis, vendida online, tem como garota-propaganda a filha de Viih, Lua, que aos sete meses já acumula uma impressionante quantia de R$ 1 milhão em publicidades.
Aspectos legais e implicações jurídicas
Enquanto essas influenciadoras buscam o sucesso comercial, questões legais também vêm à tona. A legislação brasileira não impede que crianças sejam sócias de empresas, mas sua participação é, na prática, mais lúdica.
Até os 16 anos, os pais assumem a administração dos bens dos filhos, e de 16 a 18 anos, as crianças são assistidas na tomada de decisões.
Recomendações jurídicas para empreendedoras-mães
Diante dessas nuances legais, Rachel Ferraz, advogada especializada em Direito de Família, aconselha as mães empreendedoras a agirem na legalidade. Ela destaca a importância de garantir que a gestão do patrimônio dos pequenos seja feita no melhor interesse deles.
Em suma, uma construção legal sólida desde o início pode assegurar que, ao atingirem a maioridade, os filhos se tornem titulares legítimos de seus empreendimentos.