Lula pode inovar com MULHER NEGRA indicado ao STF
No próximo mês, a ministra Rosa Weber se aposentará como ministra do Supremo Tribunal Federal. Com isso, o presidente Lula nomeará outra pessoa para ocupar o órgão responsável por guardar a Constituição Federal nas próximas décadas. Uma campanha está em andamento, permitindo que os cidadãos enviem um e-mail para o presidente solicitando a nomeação da primeira ministra negra.
O posicionamento de Zanin
“Não podemos correr o risco de ver outra nomeação conservadora, como a de Zanin, para a Corte, com posicionamentos que vão contra as necessidades e os direitos da maioria da população. O Brasil não aceita mais um ministro conservador! Ter uma ministra negra progressista no STF é essencial para avançar na transformação necessária do sistema de justiça brasileiro. Isso é importante não apenas para representar o povo nas esferas de poder, mas também para implementar mudanças estruturais na forma como a justiça é aplicada. E não há momento melhor para esse avanço do que durante um governo progressista. No entanto, essa batalha ainda não está ganha”, explica a campanha.
A influência de mulheres negras na política
Na capital do Brasil, a população negra representa quase 60% das pessoas. No entanto, a representatividade desse grupo na política é mínima e, quando se trata de mulheres negras, elas são praticamente invisíveis nos espaços de poder no Distrito Federal.
Em 2020, as mulheres negras representavam apenas 2% do Congresso Nacional, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. No Distrito Federal, dos 36 parlamentares que assumiram cargos eletivos na última eleição, apenas dois são autodeclarados negros: Chico Vigilante (PT) e Fábio Felix (PSOL).
De acordo com a coordenadora do Observatório da Saúde da População Negra e pesquisadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), Marjorie Chaves, a participação política das mulheres é uma questão a ser resolvida de forma geral por conta de alguns estereótipos específicos que colocam a mulher “nesse lugar do doméstico, do privado”.
“Esse racismo que nós vivenciamos desde a nossa constituição enquanto país faz com que as mulheres negras alcancem alguns indicadores desfavoráveis com relação à formação educacional, participação no mercado de trabalho, mas, especialmente, no que diz respeito à participação política. Devido ao racismo, temos uma baixa representação parlamentar, que é muito mais reduzida quando se trata de mulheres negras”, afirma.
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