Estudo revela que IA afetará mais as mulheres no trabalho; entenda
O número de mulheres no trabalho especificamente nos Estados Unidos, agora, é maior do que nunca. Porém, esta realidade animadora pode mudar com a IA (inteligência artificial): afinal, como detectado pelos economistas do renomado Goldman Sachs, este tipo de tecnologia pode expor boa parte da força de trabalho do país à automação.
Inclusive, dentro deste contexto, as mulheres tendem a ser afetadas ainda mais que os homens, uma vez que quase 80% do público feminino ocupa posições que podem ser automatizadas um dia, contra apenas 58% do público masculino. E estes dados foram obtidos por meio de um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte, mais especificamente pela Kenan-Flager Business School, que compõe a instituição.
O contexto da pesquisa, das conclusões e da presença das mulheres no mercado de trabalho no país, porém, é ainda mais amplo, conforme explicado a seguir.
As mulheres no trabalho no cenário pré-pandemia
De acordo com as informações do BLS (Bureau of Labor Statistics), antes da pandemia a presença das mulheres no mercado de trabalho americano aumentou de forma mais rápida do que a presença masculina. E isso se deve, entre outras coisas, ao crescimento de atividades mais voltadas para o público feminino, como assistência médica, isso sem citar o fato de que muitas mulheres começaram a migrar para atividades que até então eram consideradas masculinas.
Em abril de 2020, porém, com a chegada da pandemia, muitas pessoas tiveram que deixar seus empregos: e conforme a economia se recuperava, as mulheres não conseguiram retornar como antes, por terem que cuidar dos filhos (que passaram a estudar em casa), por exemplo.
Mas, de modo geral, a recuperação aconteceu de forma animadora, com o passar dos meses. Afinal, as oportunidades de trabalho começaram a ser menos rígidas, permitindo a atuação remota, e atividades vistas como majoritariamente femininas, como aquelas ligadas à saúde, voltaram a crescer de forma considerável, gerando empregos.
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A chegada da inteligência artificial e a relação com as mulheres no trabalho
71% da força de trabalho americana está exposta à influência da IA, sendo esta taxa composta justamente pelas mulheres, conforme revelou o CEO da Revelio Labs, Ben Zweig. Esta empresa, por sua vez, coleta e analisa dados relacionados à força de trabalho.
O contexto, porém, talvez não seja ainda uma ameaça real, uma vez que a inteligência artificial não é perfeita e ainda precisa da ação humana para diversas coisas, o que pode até mesmo ser visto como uma oportunidade.
Ou seja: trata-se de algo que pode afetar as mulheres no trabalho de variadas formas. Pode destruir alguns empregos e, por outro lado, criar novos, estimulando as pessoas a serem mais produtivas.
De certa forma, porém, sempre existirão ocupações que definitivamente não podem ser comandadas por uma máquina.
E um exemplo disso são as conclusões obtidas pela Dra. Sara Mannheimer, que é Ph.D. em biblioteconomia e atua na Montana State University atualmente, inclusive pesquisando a respeito do uso da inteligência artificial em arquivos e bibliotecas.
Ela concluiu que os bibliotecários, de modo geral, precisam ter pensamento crítico, sempre lidando com diversos dados: desempenham um tipo de trabalho que somente um ser humano pode fazer.
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