Moda inclusiva: o conceito que vai muito além das tendências
A moda inclusiva é mais do que adaptar roupas para pessoas com deficiência
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há em torno de 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil. Esses dados, além de muito relevantes, mostram que essa parte da população é expressiva e consumidora — e, como qualquer outra, tem direito de se sentir bem com o que veste.
Por esse motivo, é fundamental que a indústria têxtil pense cada vez mais em moda inclusiva, com roupas que se adaptem aos diferentes corpos, não precisem de ajustes e facilitem a vida, como a camisa de botões.
Pensando nisso, neste artigo, reunimos informações sobre a moda inclusiva, que vão desde a explicação do conceito até exemplos de marcas que já aderiram à iniciativa. Acompanhe a leitura e saiba mais sobre o tema!
O que é moda inclusiva?
O conceito de moda inclusiva vai muito além de roupas adaptadas para pessoas com deficiência. Na verdade, o grande objetivo é tornar o ato de se vestir mais simples, considerando as necessidades psicológicas e físicas de cada cidadão.
A moda inclusiva surgiu em 2008 e busca proporcionar às PcDs mais liberdade e autoestima, permitindo que elas usem o que realmente querem, e não apenas o que está disponível.
Isso porque as pessoas com deficiência sofrem bastante para encontrar peças que sejam bem cortadas e, ao mesmo tempo, tenham estilo. Entretanto, a partir da moda inclusiva, essa lacuna está começando a ser preenchida.
Embora um pouco lentamente, modelos desenhados especificamente para esses consumidores têm chegado ao mercado, respeitando a autonomia, individualidade, corpo e expressão de cada um.
Dificuldades dos PcDs no mundo da moda
Mesmo com algumas marcas já pensando em moda inclusiva, as pessoas com deficiência ainda têm muita dificuldade para encontrar roupas adequadas. Veja, a seguir, as principais delas.
Etiquetas em Braille
Lançadas em 2011, as etiquetas em braille têm o objetivo de ajudar as pessoas com deficiência visual a identificar o modelo da roupa, a estampa e a cor. Essa tecnologia possibilitou que esse público tenha uma autonomia maior na hora de escolher o que vestir. No entanto, não é fácil encontrá-la.
Roupas para cadeirantes
Os cadeirantes necessitam de roupas específicas para que ganhem mais autonomia na hora de se vestir.
As saias, por exemplo, não podem ser muito coladas ao corpo, para facilitar tanto o momento de colocar a roupa quanto o uso, e as calças devem ter zíper para ajudar a vestir e tirar.
Além disso, eles também não podem usar saias muito longas, pois há o risco do tecido prender na cadeira, ocasionando possíveis quedas. Já blusas com mangas muito largas e compridas podem sujar na roda da cadeira, e cinturas justas acabam causando desconforto com o tempo.
Pessoas com nanismo
Somente no Brasil, mais de 20 mil pessoas sofrem de nanismo, e também encontram muitas dificuldades para encontrar roupas adequadas aos seus corpos. Inclusive, muitas vezes, são obrigadas a recorrer às costureiras para diminuir o tamanho de suas vestimentas.
Os calçados também são outro problema. Como não encontram tamanhos menores, essas pessoas acabam recorrendo às lojas infantis, com preços muitas vezes mais elevados e modelos que não agradam.
Marcas que investem na moda inclusiva
Felizmente, existem marcas brasileiras que investem em moda inclusiva e podem se tornar uma boa referência para pessoas com deficiência. Confira, abaixo, algumas delas.
Freeda
A Freeda é uma marca que foi pensada para as pessoas com deficiência e tem a missão de promover a autoestima e melhorar a autonomia desse público.
Lado B
A Lado B é uma marca que permite que pessoas com deficiência se sintam integradas à sociedade.
Equal
A Equal é uma marca que oferece autonomia, conforto e modelagem diferenciadas, com peças estilosas e super inovadoras.