Como se organizar financeiramente para pagar um empréstimo
Já realizou seu sonho? Então veja como manter sua conquista e alcançar novas metas
Todos os brasileiros possuem alguma meta para realizar, isto é, uma viagem, a compra de um bem ou fazer um curso. E para tornar essa meta realidade, muitos contraem empréstimos ou financiamentos para arcar com a maior parte dos custos.
Um empréstimo permite que você consiga arcar com o valor total de uma meta mesmo sem ter aquele dinheiro no momento. No entanto, o que começa como um sonho pode virar um pesadelo caso não haja controle financeiro.
Por exemplo, cerca de 77,3% das famílias brasileiras estão endividadas de alguma maneira, conforme revelou a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de junho. Ou seja, mais de três quartos dos brasileiros fizeram alguma dívida ou financiamento e não conseguiram pagar.
Felizmente, se você usar um planejamento simples, pode utilizar as vantagens do crédito sem correr o risco de figurar nessa lista. Por isso, este texto vai te ajudar a tomar os passos necessários para organizar suas finanças e não tornar o empréstimo mais uma dor de cabeça.
Entenda a sua situação financeira atual
Você está em condições de fazer um empréstimo neste momento da sua vida? O valor deste empréstimo está de acordo com a sua capacidade de pagamento? E o prazo de pagamento é bom?
Fazer essas perguntas ajudará você a entender a sua situação financeira e as suas próprias capacidades. Afinal, não adianta realizar um sonho acima das suas capacidades e transformar sua vida em um pesadelo.
Tenha uma reserva financeira
Um ditado espanhol diz que “sem um escudo, qualquer arranhão de espada é fatal para o homem”. O mesmo se aplica às finanças pessoais e ao dinheiro. Nesse sentido, sem uma reserva de emergência, qualquer pequena despesa pode causar um grande desfalque.
Infelizmente, ter uma reserva de emergência não é uma prática comum dos brasileiros, mas é algo fundamental. O ideal é ter um valor que corresponda a pelo menos 3 meses das suas despesas. Este valor deve ficar guardado em um local pronto para ser usado em caso de algum contratempo.
De acordo com o SPC Brasil, 70% das famílias brasileiras não possuem o hábito de criar uma reserva. Sem essa reserva, você pode ter problemas ao pagar suas contas do dia a dia e até no pagamento de seus empréstimos.
Não dependa de empréstimos
O empréstimo é uma ferramenta importante, quando usada com parcimônia, mas há quem exagere na dose e faça dois ou até mais empréstimos. Essa atitude compromete boa parte da renda, o que deixa menos espaço para imprevistos no orçamento.
Portanto, não use o empréstimo de forma excessiva ou sem controle. O ideal é que você não comprometa mais do que 30% de sua renda mensal com empréstimos. Ou seja, se você tem uma renda de R$ 2.000, não tenha mais do que R$ 600 por mês em parcelas de empréstimos.
Prepare-se para o gasto extra
Especialmente no financiamento de imóveis, o investidor acredita que o único gasto que terá é com o pagamento do empréstimo. No entanto, muitos empréstimos possuem custos extras separados, como impostos, taxas, pagamento de documentações específicas, etc.
Portanto, se você não quer ter surpresas que possam comprometer seu orçamento, deixe um dinheiro separado para estas despesas. Assim você não será pego desprevenido nem correrá o risco de ter que fazer outro empréstimo para pagar essas contas.
Fique de olho nos juros
Quando o assunto é financiamento, é comum ficar de olho apenas no valor total da parcela. “Esse empréstimo é de apenas R$ 100 por mês, cabe no meu bolso. Logo, vou fazer”, pensam a maioria dos investidores. Mas um empréstimo tem uma série de custos embutidos, como:
- seguros e taxas;
- juros;
- correção monetária;
- índice de reajuste das parcelas.
Se você não sabe o quanto paga em cada um desses itens, pode estar deixando muito dinheiro na mesa. Por isso, pesquise, faça comparações e, principalmente, verifique se a instituição financeira dá descontos para quem faz pagamento antecipado das parcelas.
Esta prática é chamada de pro rata e consiste no abatimento dos juros para quem paga parcelas muito antes do vencimento. Quando bem executada, ela pode gerar uma grande economia com juros e ajudar a quitar sua dívida mais rapidamente.