Bebê que mama na mamadeira precisa da posição certa e bico ajustado
A amamentação é uma das primeiras preocupações da maternidade. Quando a transição para a mamadeira ocorre, os pais enfrentam novos desafios, especialmente o risco de engasgos em bebês. A posição correta e a escolha adequada do bico da mamadeira desempenham um papel crucial na segurança do bebê durante a alimentação.
Posição adequada é fundamental
Para evitar engasgos, a mãe deve posicionar o bebê de forma que sua cabeça esteja mais elevada do que o abdômen, virada para c cima, e com a coluna devidamente apoiada. A médica pediatra Luciana Jardim Issa, da Sociedade de Pediatria de São Paulo, destaca que a pressão na barriga causada pela posição incorreta pode fazer com que o leite volte, levando ao engasgamento.
A posição confortável da mãe durante a alimentação é igualmente importante. Ela deve estar sentada ou apoiada de forma que segure o bebê com segurança. Isso não apenas evita desconfortos musculares para a mãe, mas também permite uma melhor supervisão do bebê durante a mamada.
Escolha do bico da mamadeira: Não subestime sua importância
A seleção do bico da mamadeira é crucial para a segurança do bebê. Nunca se deve cortar o bico da mamadeira. Opte por modelos com selo do Inmetro, garantindo que o produto tenha passado por rigorosos testes. Os bicos ortodônticos são altamente recomendados, ajudando a manter os dentes do bebê na posição correta.
Para recém-nascidos, os bicos de fluxo lento são ideais, uma vez que correspondem à capacidade de sucção dos bebês recém-nascidos. Bebês de um a dois meses devem usar bicos de fluxo médio, que acomodam o ritmo de sucção dessa faixa etária. Crianças acima de seis meses devem ser alimentadas com bicos de fluxo rápido, pois sua capacidade de sucção aumenta à medida que crescem.
Formas especiais para maior segurança
Existem mamadeiras com bicos em formatos especiais, como o bico em pétala. Estes designs ajudam a evitar uma entrada excessiva de ar durante a mamada, reduzindo a distensão abdominal no bebê e diminuindo a absorção de gases, prevenindo cólicas e desconfortos. Além disso, a variedade de formatos e texturas pode atender às preferências individuais do bebê.
Pausas e observações: prática vigilante
Durante a mamada, é fundamental fazer pequenas pausas e observar o bebê atentamente. Às vezes, o bebê pode estar apenas buscando conforto e relaxamento, em vez de querer encher o estômago. Ficar atento aos sinais do bebê ajuda a evitar sobrecarregar seu sistema digestivo.
Essas pausas não apenas auxiliam na prevenção de engasgos, mas também promovem um vínculo mais forte entre mãe e filho. O contato visual e o toque durante a alimentação são momentos de conexão valiosos para ambos.
Intervalo antes do sono: reduzindo o risco de refluxo
Mesmo após o arroto do bebê, é aconselhável mantê-lo inclinado sobre o corpo da mãe por pelo menos meia hora. Isso reduz a quantidade de ar ingerido e, consequentemente, minimiza os episódios de refluxo, que muitas vezes precedem os engasgos.
O refluxo é uma preocupação comum em bebês, e o posicionamento pós-alimentação ajuda a evitar desconfortos e potenciais engasgos noturnos. Além disso, esse período pós-alimentação também oferece ao bebê a oportunidade de digerir o leite com mais eficácia.
Em resumo, a prevenção de engasgos durante a amamentação com mamadeira envolve a combinação de uma posição adequada do bebê, a escolha cuidadosa do bico da mamadeira e uma observação atenta durante o processo de alimentação. Essas práticas simples podem proporcionar uma experiência de alimentação segura e tranquila para pais e bebês, eliminando os sustos frequentes associados aos engasgos.
A segurança do bebê é a principal prioridade durante a amamentação com mamadeira. Os pais podem seguir essas dicas para garantir que a transição para a mamadeira seja um processo tranquilo e seguro, proporcionando uma nutrição adequada ao bebê e uma experiência agradável para todos os envolvidos.
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